O Rei Leão (1994)

13 ago

Logo no início vemos uma maravilhosa visão do Sol, além de animais bonitos, lindas paisagens e tantas outras belas imagens naturais. Alguns de vocês com certeza perceberam que usei muitos adjetivos apenas para começar. Acontece que todas essas qualidades, que não valem somente pela parte visual, perduram por todo o filme.

É claro que, por se tratar de um longa-metragem da Disney, a parte técnica tem seu encanto. Mas O Rei Leão é muito mais do que isso: temos também uma história boa (embora clichê, é linda), com personagens marcantes que certamente ficam na memória (pelo menos em mim, mesmo com 17 anos de idade).

Agora voltemos ao começo. Os animais estão todos em euforia em volta da Pedra do Rei, pois acabou de nascer Simba, herdeiro do rei Mufasa (e futuro rei, é claro). E esse simpático leãozinho será o herói da jornada.

Simba é apenas uma criança, e é claro que age como uma: é sapeca, curioso e gosta de brincar com sua amiga Nala. Mas como nem tudo é perfeito, também faz parte da família seu tio Scar, irmão de Mufasa. Logo em sua primeira aparição percebemos sua tamanha maldade, e ao longo do filme ele vai revelando sua inveja de Mufasa e o desejo de ser o rei. Sem se esquecer do trio de hienas que são seus comparsas e o ajudarão em seus planos.

Simba é convidado por Scar para uma surpresa, e fica parado numa pedra em um ambiente aparentemente deserto. Eis que surge uma imensa manada de quadrúpedes, e Simba é obrigado a correr para não ser esmagado. Não demora muito para que seu pai protetor apareça para salvá-lo, e infelizmente na seqüência é assassinado. Simba foge, pois ficou convencido de que fora o culpado pela morte de Mufasa.

Somos surpreendidos por ver o leãozinho sendo cercado por urubus. Até surgirem dois daqueles que considero os personagens mais simpáticos, carismáticos e engraçados de todos os tempos: Timão e Pumba,um suricato e um javali que vivem com o lema chamado ‘Hakuna Matata’, que significa algo do tipo “viver sem problemas, sem preocupações”. Os dois se tornam grandes amigos de Simba, que passa a viver com eles.

Mas em histórias desse tipo, é claro que uma hora o destino começa a agir, e o leão que cresce vivendo no ‘Hakuna Matata’ terá que voltar para sua terra natal para acabar com o caos provocado por Scar e tomar seu legítimo lugar como rei.

A trilha sonora também é algo agradável, com “Circle of Life”, “Hakuna Matata” e a canção vencedora do Oscar, “Can you Feel the Love Tonight”. Vale lembrar também que o filme também ganhou a estatueta de Melhor Trilha Sonora, com toda a justiça.

Embora seja uma história contada com animais, é impossível deixar de perceber temas “humanos”, como vingança, ódio, problemas com o passado, etc. O que faz com que muitos digam que o filme não é muito bom para crianças (aliás, muito já se ouviu falar da mensagem subliminar contida numa cena com estrelas). Particularmente, eu não acho isso um problema, pois apenas deixa o filme mais maduro do que a grande maioria dos outros do mesmo gênero.

Enfim, ”O Rei Leão” é um filme lindo e não é apenas direcionado para o público infantil. Com certeza os mais velhos sentirão no mínimo uma sensação contagiante, isso se não se emocionarem também. Em termos de animação não deve absolutamente nada a nenhuma outra e é a melhor de todos os tempos (pelo menos da Disney, disso não tenho dúvidas). Também deve ser considerado um dos melhores filmes, seja da década de 90, seja de sempre, nem que seja apenas de seu ano. E mesmo que 1994 também tenha obras magníficas como Pulp Fiction, Um Sonho de Liberdade e Forrest Gump, colocar O Rei Leão ao lado desses filmes não é nenhum exagero.

3 Respostas to “O Rei Leão (1994)”

  1. Arthur Malaspina 17/08/2010 às 8:53 PM #

    Gostei da crítica, mas acho que é preciso parar de desperdiçar o termo ‘clichê’… Rei Leão não é clichê, é uma adaptação (não literal, mas ainda assim uma adaptação) de Hamlet de Shakespeare, ouso dizer que a melhor delas para o cinema.

    • Italo Lobo 18/08/2010 às 10:53 PM #

      Obrigado pelo elogio !!!

      Ah, sei lá, não entendo bosta nenhuma de Shakespeare (hahaha), e quando eu disse ‘clichê’ quis me referir, nas entrelinhas, a esse negócio de destino, final feliz, coisas comuns em desenhos….

      Só sei que, clichê ou não, é um longa fora de serie.

      • Arthur Malaspina 19/08/2010 às 12:05 AM #

        Sua crítica é ótima, já favoritei o blog!

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