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Insônia (2002)

26 out

Um filme que não surpreende em quase nada, cria alguns bons momentos, mas que porém acabam por se perder num caminho sem objetivo, a não ser o da boa atuação de Al Pacino. Já é bom avisar aos desavisados que o filme só é dirigido por Christopher Nolan, portanto não pertence a ele, aliás, até a direção, por vezes, parece estar em outras mãos que não do diretor. Tendo George Clooney como um dos produtores a obra não chega nem a ser ruim, mas também não passa da mediocridade, é boa, e só. O filme não é atrativo, a não ser pelo misteriozinho que inseri a trama só para que nós não adormeçamos. Tá, o filme só existe por causa dos crimes que levam ao mistério e por ai vai, mas convenhamos, o argumento para tudo isso é inexistente, o que deixa a obra arrastada e quase que tortuosa para quem vê. Mas alguns momentos são salvos com cenas bem filmadas e uma tensão sem pretensões maiores. A maioria dos personagens não existe, no sentido existencial da palavra, pois a identidade de cada um se perde, para que nós só foquemos no personagem de Pacino, o que nem é muito ruim, porém, alguns personagens ganham um destaque maior, como o da Hilary Swank e do vilão da obra, interpretado por Robin Williams.

O filme começa trazendo dois detetives de Los Angels para uma cidade isolada no Alaska, onde a noite é dia e as pessoas acham normal. Porém, é uma cidadezinha pequena como qualquer outra de interior, pessoas honestas e simpáticas, simplórias e amigáveis e fáceis de impressionar. E os dois detetives só vão parar ali por causa do assassinato de uma garota que estudava o colegial, e que tinha relações suspeitas com alguma pessoa misteriosa. O assassinato choca a cidade e os policiais medíocres da mesma, porém uma oficial do distrito tem ambições maiores e começa a entrar mais a fundo no caso, junto com os outros dois detetives forasteiros. Ao aramarem uma cilada mal sucedida e o provável assassino escapar, o Detetive Will Dormer acaba acertando seu parceiro sem intenção, o que ocasiona a morte do mesmo. Só que o provável assassino vê o que Dormer fez e começa a chantageá-lo. A morte do parceiro faz com que o detetive de L.A perca o sono por não saber se atirou por querer ou não, pois na noite anterior ao disparo, o mesmo discutiu com o parceiro sobre este entregá-lo às autoridades de sua cidade por uma possível armação feita por Dormer. Dai com muita insônia na veia, o detetive começa um ciclo de alucinações e “piscico-imagens” que o atrapalham nas investigações, e não bastasse isso, o possível assassino não desgruda do seu pé, levando-nos, a um final tenso e provável.

E o filme não é maravilhoso, mas em cenas como o já citado final, as coisas melhoram e te atraem, o argumento não colabora muito, mas o decorrer da trama solta e sem um pré-requisito até que diverte, mas não anima por total. Serve como “obra-complemento” para que conheçamos mais a fundo e por completo o cinema de Nolan, que dispara ai como um diretor promissor, mas fora isso, é apenas um bom filme, com uma boa trama, sem grandes momentos e sem muitas falhas, redondo e básico, o que pra mim não basta, tem que ser sempre um máximo!